sábado, 18 de junho de 2011

Da vela ao estaleiro!

Ex-velejador catarinense transforma a paixão de mais de 25 anos pelo mar em milhões de reais, projetando e vendendo barcos de até 60 pés

A rebeldia do jovem de 15 anos que só pensava em velejar e acabou interrompendo os sonhos do pai – que queria vê-lo formado engenheiro mecânico –, levou o hoje empresário catarinense Márcio Schaefer, 47 anos, a se tornar um dos maiores fabricantes de barcos de até 60 pés do Brasil, com uma meta de faturamento para 2011 superior aos R$ 140 milhões de 2010. 
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Márcio Schaefer aproveitou a expertise de 20 anos como atleta do mar para construir
uma empresa reconhecida na Europa e que faturou, em 2010, R$ 140 milhões
Por ano, Schaefer vende cerca de 200 embarcações. Dono do estaleiro  Schaefer Yachts, localizado em Biguaçu, a cerca de 30 quilômetros de Florianópolis (SC), pode-se dizer que Schaefer é um homem que só pensa naquilo. 
No caso, barcos. “Virei empresário por acaso. Desenhar embarcações é meu hobby e também minha profissão. Quando não estou trabalhando com barcos, estou lendo ou pensando sobre eles”, assume o empresário, que não delega a mais ninguém a tarefa de projetar os barcos que saem do estaleiro improvisado da Schaefer Yachts. 
Aliás, quando indagado sobre essa condição do estaleiro, dispara a falar. Compreensível, já que a ansiedade – um resquício da juventude que parece não estar tão longe do homem engravatado – é a de quem aguarda há quase três anos a liberação de uma obra embargada por questões ambientais. 
“Nosso antigo espaço está totalmente estrangulado. Este impedimento atrasou o desenvolvimento de um novo barco, a instalação das máquinas e me causou um prejuízo de mais de 100 milhões”, desabafa, mas sem perder o entusiasmo. Com investimento inicial de R$ 15 milhões, o novo estaleiro será instalado em uma área de 60 mil m2 à beira de um lago. 
Enquanto espera o sinal verde para prosseguir com a construção, Schaefer criou, em Biguaçu, um centro de design. É nesse endereço que projeta de barcos sofisticados, que variam no tamanho (entre 30 e 60 pés) e no preço (de R$ 300 mil a R$ 4,5 milhões). 
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Lazer no mar: o modelo 500 Fly vem com churrasqueira e tevês deLCD nas cabines.
A Schaefer vende seis barcos de R$ 300 mil a R$ 4,5 milhões 
O estresse de ter de administrar essa complicada questão logística, concomitantemente ao ganha-pão diário, não interfere nem um milímetro em sua paixão pela navegação. “Lançamos em dezembro a Phantom 600, com 60 pés. No ano que vem, lançamos a Phantom 800, 80 pés com a forma vinda de um estúdio italiano e que vai custar cerca de R$ 8 milhões.”
Quatro vezes campeão brasileiro na classe oceano, Márcio velejou por 20 anos. Durante esse tempo, participou de competições e travessias, largou a faculdade de engenharia mecânica e foi estudar arquitetura naval em Buenos Aires, tornando-se projetista de barcos. 
Também casou-se com Raquel e teve dois filhos, Márcio e Bárbara. A fissura pelo hobby é tanta que ele acabou contaminando quase toda a família. A esposa cuida da parte financeira do estaleiro e ajuda na decoração dos barcos. O filho atua na área de planejamento e controle de produção. 
“Bárbara cursou hotelaria na Suíça e reside na Inglaterra. Mas quero que ela venha assumir algo na empresa.” O relax ligado à profissão é uma constante na vida de Schaefer até quando viaja para se reciclar e se atualizar sobre as tendências, duas vezes ao ano nos EUA e Europa. 
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Referência de sofisticação e conforto: a performance dos barcos de Schaefer - como a lancha 500 ht (à esquerda)
e a 300 (à direita) - são apreciados em mercados como o sueco e o norueguês
“É quando mais me divirto”, diz. E, entre uma venda e uma feira, Schaefer sobe a bordo de sua Phantom 500HP e vai para o mar – rotina dos fins de semana em Florianópolis, onde mora.  
No horizonte de Schaefer flutua o anseio de ver a empresa se tornar uma marca global. “As empresas da Europa e dos EUA estão em crise e fala-se todo dia em vir comprar no Brasil”, reflete. 
Prestes a completar 18 anos de atividade, ele festeja o reconhecimento da marca. Suas lanchas Phantom singram os mares de diversos continentes e frequentam portos de tradição náutica, como Suécia e Noruega.
Por Letícia Moreli

Os Schurmann: de velejadores a gurus!

A família que ficou famosa no Brasil inteiro por suas aventuras marítimas ao redor do mundo usa a sua expertise para treinar e aperfeiçoar as relações entre executivos, em veleiros sofisticados

Conversar com os velejadores Vilfredo, o pai, e David, o filho do meio da família Schurmann,  é como estar sentado ao redor de uma fogueira, na praia, com o vento soprando no rosto, enquanto os dois, animados e falando sem parar, contam suas aventuras em alto-mar. 
Mesmo que esse papo se refira a  um workshop sobre vivência corporativa realizado em ve–leiros Delta 32 (10,5 metros), que eles ministram a presidentes e diretores de empresas. Essa atividade foi incorporada ao cardápio de negócios da Schurmann Corporate, empresa familiar cujo CEO é David,  há cerca de dois anos. 
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Mestre dos mares: Vilfredo, "o capitão", como é chamado pelos filhos, noras, esposa e funcionários, acredita que
"é no calor da disputa de uma regata que um executivo aprende a tomar decisões rápidas"
Nada na vida deles parece ser entediante, a julgar pelos relatos de Vilfredo e do filho. Tudo é literalmente uma aventura, afirmam. Até mesmo o trabalho. Mas há um porém.  
Os Schurmann gostam de deixar claro que a vida deles é, sim, uma aventura, mas calculada, planejada e bem estruturada. Segundo a dupla, é por essa razão que executivos de empresas como a Vale, Tim, Mantecorp e banco Itaú, entre outras, têm procurado o workshop ministrado pelos dois e mais Heloísa, a matriarca dessa família que ficou famosa por duas voltas ao mundo em veleiros. 
É nessas vivências, como eles chamam, que os Schurmann passam a experiência que absorveram nas suas expedições aos navegantes do mundo corporativo. “O barco é como uma empresa. Lidamos com tempestades e calmarias, como as empresas lidam com os altos e baixos do mercado”, costuma dizer a ex-professora de inglês Heloísa. 
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Executivos de grandes empresas, como Fiat e Tim, já se aventuraram com os Schurmann em barcos de R$ 180 mil
David conta que a família se inspirou em programas semelhantes  aplicados na África do Sul e em São Francisco, nos Estados Unidos, para criar o seu próprio workshop. “Com a ajuda do consultor de empresas Alberto Barros, também velejador, adaptamos a ideia ao Brasil e imprimimos a marca dos Schurmann”, diz David. 
Barros foi um dos que ajudaram a semear a proposta desse programa no Brasil, na época em que assessorou a fusão de duas empresas concorrentes. “Ele precisava fazer os executivos dessas companhias se entender e, de repente, visualizou que colocá-los juntos em um barco era a melhor solução”, diz David. 
Depois de dois anos planejando o workshop, Vilfredo convidou  o executivo Thomas Schmall, então diretor da fábrica da Volkswagen, em São José dos Pinhais (PR), para participar do piloto do programa. 
Schmall topou e gostou tanto que, quando se instalou como presidente da Volkswagen, no ABC paulista, contratou o workshop para o treinamento de 400 executivos da montadora alemã. “Foi uma programação de fevereiro a julho de 2008, porque, em cada módulo de cerca de dois dias, só levamos no máximo 120 pessoas”, diz David.  
A Fiat foi outra montadora que recorreu aos ensinamentos dos Schurmann. José Eduardo L. Alves, Chief Accounting Officer da Fiat no Brasil, foi um dos executivos que participaram. “Foi surpreendente e desafiador. Aprendi muito sobre organização, confiança e liderança” diz ele. 
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Sabor da vitória: com David Schurmann (de camiseta toda branca), funcionários do Itaú ganham regata em workshop em Ilhabela (SP).
“Mas o mais importante foi o fortalecimento da integração entre os membros do time.” O workshop é montado a partir de um diagnóstico feito após várias entrevistas com a diretoria da empresa interessada. 
Essas conversas irão determinar que área, setor ou atividade a contratante precisa organizar, sanar ou reforçar. Feito isso, os escolhidos viajam a Ilhabela, no litoral paulista, Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, ou à catarinense Florianópolis, as bases de atuação dos Schurmann. 
“Ilhabela é o local mais adequado porque raramente falta vento e o canal, que fica entre a ilha e o continente, é ideal para quem nunca pisou num barco ou para principiantes, que não estão acostumados às altas ondas e ventos muito fortes, comuns em alto-mar”, diz David. 
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Chegando à base, o grupo assiste a uma palestra de boas vindas com David, Vilfredo, Heloísa ou com os três, dependendo do pacote que foi contratado pela empresa (veja quadro com as diferentes opções e preços). 
Nesse encontro é ressaltado o espírito de equipe e a importância do planejamento, seja para velejar, seja para sobreviver no competitivo mundo corporativo. Na manhã do dia seguinte, os Schurmann dão uma explicação teórica de 30 minutos sobre como o veleiro funciona. O próximo passo é dividir os participantes em equipes de seis velejadores. Cada grupo ocupa um barco.  
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Vilfredo e Heloísa em uma das palestras
Com os participantes em seus respectivos barcos, David, Vilfredo e Heloísa passam instruções sobre as seis funções essenciais, entre elas a do tático, responsável pela visão do que está ocorrendo em volta do barco e que irá orientar os companheiros para que lado ir. 
A aula dura apenas uma hora e meia e ao seu final os executivos já estão ansiosos para provar que entenderam tudo e vão vencer a regata. “Eles começam a se sentir capitães”, diz David. 
“Mas a primeira regata é quase sempre um desastre completo. Fazemos mais duas e determinamos o vencedor.” Os barcos competem de dois em dois em um percurso teoricamente em linha reta até uma boia, e de–pois de volta ao ponto de partida. “Teoricamente, porque, por causa do vento, um barco dificilmente navega em linha reta”, diz David. “Aí é que está a dificuldade e a beleza do esporte.” 
Após as regatas, é analisado o que aconteceu durante as provas e é feito um paralelo do comportamento dos executivos no barco com o que costuma ocorrer na empresa. Num dos grupos que receberam em Ilhabela, os Schurmann tiveram de lidar com uma questão de relacionamento. 
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CEO das velas David, o filho do meio dos Schurmann, comanda a empresa da família,
que já levou executivos de mais de 30 empresas para velejar 
Um executivo de São Paulo não se dava com outro do Rio, embora nem se conhecessem pessoalmente. A solução para eliminar o problema foi colocá-los no mesmo barco, obrigando-os a trabalhar juntos para superar o desafio da regata. 
“Eles saíram da embarcação abraçados e a relação profissional mudou completamente”, lembra Vilfredo, que já se prepara para, em 2012,  lançar-se com a família em nova aventura pelos mares.
Por Márcia Pereira

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Saiba os últimos resultados das competições da equipe militar, que competirá nos jogos Mundiais Militares.

A equipe que vai representar o Brasil nas competições barco contra barco (match race) nos 5º Jogos Mundiais Militares, em julho, venceu no último domingo, dia 8, o Match Race Brasil, de forma invicta. A equipe das Forças Armadas foi simplesmente perfeita e terminou a competição com 100% de aproveitamento ao vencer dez regatas.
Comandada pelo MN Henrique Haddad, a Marinha do Brasil (RJ) venceu a Marina da Glória (RJ), na decisão, por 2 a 0. A competição contou com a participação de 12 clubes náuticos de seis estados brasileiros e velejadores de peso como os bicampeões olímpicos Torben Grael e Marcelo Ferreira.


Além de Henrique Haddad, de 23 anos, a Marinha do Brasil contou com seu irmão mais novo, MN Felipe Haddad, MN Alexandre Paradeda, MN Victor Demaison, MN Mário Trindade, MN Alfredo Rovere, MN Pedro Caldas e MN Fernanda Decnop, que, por sua vez, vai defender o Brasil nos 5º Jogos Mundiais Militares em outra categoria: a fleet race, com largada em flotilha.

"A equipe é forte e está preparada para brigar pelo ouro nos Jogos Mundiais Militares. Velejamos juntos desde 2009 e isso faz muita diferença", afirmou o MN Henrique Haddad, o Gigante. "Além de treinar, a gente estuda e pesquisa sobre match race no exterior. Nossa equipe é pensada em todas as posições", destacou o proeiro MN Pedro Caldas.

Por João Henrique Amaral - www.rio2011.mil.br

Competição de Vela dos 5º Jogos Militares Rio 2011

Marinheiras navais que representarão o Brasil/Foto Cap Kossel
As competições de vela dos 5º Jogos Mundiais Militares do CISM receberão total apoio da Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro (FEVERJ). Na semana passada, foi assinado um contrato entre a Escola Naval e a FEVERJ para apoio às regatas – fleet race e match race - e indicação dos juízes que irão compor as Comissões de Regatas.

"A FEVERJ nos dará total apoio para as regatas, inclusive nomeando os 22 profissionais que irão trabalhar na arbitragem dos Jogos Rio 2011", afirmou o Coordenador do Grupo Executivo da Vela dos 5º Jogos Mundiais Militares, CMG Carlos Faillace, lembrando ainda que quatro árbitros estrangeiros, sendo dois da Dinamarca, vão trabalhar na competição.

O comandante da Escola Naval, Contra-Almirante Leonardo Puntel, e o presidente da FEVERJ, Marco Aurélio Ribeiro assinaram o acordo. Também estavam presentes o CMG Marcelo Francisco Campos (Imediato da Escola Naval), o CMG Faillace, e o árbitro geral das regatas dos Jogos Rio 2011, Pedro Paulo Petersen.

Por: João Henrique Amaral

A Marinha Mercante abriu processo seletivo para 386 vagas para o Curso de Formação de Oficiais

Foto da internet
São 238 vagas para o Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga), no Rio de Janeiro, e 148 vagas para o Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba), em Belém, para ambos os sexos.
O processo seletivo não é um concurso público para provimento de cargo/emprego público, ou para ingresso nas Forças Armadas, e sim um processo para admissão às Escolas de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, que têm como propósito habilitar o profissional para exercer as funções de oficial de náutica ou de máquinas, em empresas da iniciativa privada, especialmente empresas de navegação.
Os cursos constituem-se de dois períodos: um período acadêmico, composto de seis semestres letivos (tanto para o curso de máquinas como para o de náutica), realizado no Ciaga ou no Ciaba, em regime de internato, com licenças nos fins de semana, feriados e nas férias escolares; e um período de estágio de praticagem, com a duração mínima de seis meses (para o curso de máquinas) e 12 meses (para o curso de náutica), para cuja realização o aluno será embarcado em navios mercantes, quando terá a oportunidade de praticar os conhecimentos adquiridos.
Os cursos são gratuitos e são oferecidos aos alunos alojamento, uniforme, alimentação, roupa de cama e assistências médica, odontológica, psicológica, social e religiosa. A partir da matrícula, os alunos ainda recebem uma remuneração mensal.
Durante o período de estágio de praticagem, na condição de praticantes-alunos, recebem auxílio financeiro.
Junto com o Curso de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, o aluno será também matriculado no curso do Núcleo de Formação de Oficiais da Reserva da Marinha na condição de aluno do órgão de formação de oficiais da reserva, equiparados aos cabos. Concluindo esse curso com aproveitamento, o aluno será desligado do Núcleo de Formação de Oficiais da Reserva da Marinha e declarado guarda-marinha da reserva não-remunerada da Marinha do Brasil, permanecendo nessa situação até a conclusão, com sucesso, do estágio de praticagem, quando então será nomeado segundo-tenente da reserva não-remunerada da Marinha.
A opção para o curso de náutica ou de máquinas será feita pelo aluno ao término do 2° semestre do 1° ano letivo, obedecendo ao critério de classificação, considerando o aproveitamento escolar obtido nos dois primeiros semestres letivos, dentro do número de vagas estabelecido para cada curso. O aluno que, decorrente de seu aproveitamento escolar, não conseguir vaga no curso de sua preferência será compulsoriamente matriculado no outro curso.
Após o período de estágio de praticagem, o aluno será declarado oficial da Marinha Mercante e bacharel em ciências náuticas, já que o curso é legalmente reconhecido como de graduação em nível superior.
O processo seletivo terá duas etapas, uma básica e outra complementar. A etapa básica será constituída das fases de inscrição e exame de conhecimentos. A fase de exame de conhecimentos será constituída de provas de português, inglês, redação, matemática e física. A etapa complementar será constituída das seguintes fases: reunião para instruções, exame psicológico, inspeção de saúde, teste de suficiência física, pré-matrícula, período de adaptação e matrícula.
Os candidatos que optarem por realizar o exame de conhecimentos em cidades localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste concorrerão, única e exclusivamente, às vagas para o Ciaga. Os candidatos que optarem por realizar o exame de conhecimentos em cidades localizadas nas regiões Norte e Nordeste concorrerão, única e exclusivamente, às vagas para o Ciaba.

O candidato deve ser solteiro, não viver em concubinato ou união estável e não ter filhos, ter entre 17 e 23 anos de idade no dia 30 de janeiro de 2012 e ter concluído, com aproveitamento, o curso de ensino médio ou equivalente, até o ato da pré-matrícula.
As inscrições devem ser feitas pelo site:
http://www.ciaga.mar.mil.br/ até 3 de julho. A taxa é de R$ 50.
O exame de conhecimentos será em 14 de agosto.

Fonte: www.g1.globo.com  e www.mar.mil.gov.br

Velejador português, faz história e entra para o guiness!

O madeirense João Rodrigues fez esta terça-feira história, ao tornar-se o primeiro velejador a fazer a travessia em prancha à vela entre a ilha da Madeira e as ilhas Selvagens.
O atleta português com mais presenças em Jogos Olímpicos ganhou também o direito de ver o seu nome inscrito no "Guiness", como a travessia mais longa jamais conseguida em prancha à vela (windsurf), numa só etapa.
O velejador partiu hoje (06:30) ao nascer do Sol e navegou ao longo de 160 milhas e de quase 12 horas sem parar, cumprindo um sonho de há muito tempo.
A iniciativa integrou o programa das comemorações do 40.º aniversário da criação da Reserva Natural das Ilhas Selvagens, a primeira reserva natural de Portugal. Por coincidência, João Rodrigues também completa 40 anos a 02 de novembro.
O velejador madeirense foi acompanhado pelas embarcações Freira-do-Bugio e pelo navio patrulha da Marinha Portuguesa Cacine. A dar apoio, já mais perto das ilhas Selvagens, esteve também o veleiro Búteo.
João Rodrigues foi campeão e vice campeão do Mundo de prancha à vela, em 1995 e 2008, tetracampeão Europeu, conta com 121 internacionalizações e 51 medalhas conquistadas em competições internacionais - 22 de ouro, 16 de prata e 13 de bronze.

Fonte: Jornal de Notícias

terça-feira, 14 de junho de 2011

A vida em um barco casa no Nilo

Michel Pastor de 68 anos, designer textil e decorador
Quando visitou o Egito pela primeira vez, nos anos 70, o designer têxtil e decorador suíço Michel Pastore, de 68 anos, ficou impressionado com os barcos transformados em habitações que encontrou no Nilo. "Queria muito morar num daqueles, mas me disseram que apenas traficantes de haxixe e prostitutas habitavam lugares do tipo", conta. Ainda assim, ele disse que foi "tão insistente" que um amigo encontrou para ele um apartamento num barco. "Adorei o lugar, por mais que fosse caro, na época, por um espaço de sete cômodos no Cairo." O aluguel de 40 libras egípcias era o equivalente a menos de R$ 13 mensais.
Quarenta anos mais tarde, Pastore está novamente morando num barco, mas em circunstâncias muito mais luxuosas. Depois de criar dois filhos no interior do Egito com Evelyne Porret, de 71 anos, sua parceira há mais de três décadas, ele sentiu falta da vida urbana e quis ficar mais perto de Nagada, a loja de roupas e objetos de decoração que mantém no centro do Cairo.
Evelyne, no entanto, não queria deixar Fayoum, cerca de 130 km a sudoeste do Cairo, onde administra uma escola de cerâmica. Assim, os dois chegaram a um acordo incomum: Pastore passa a maior parte da semana no barco, mas visita Evelyne nos fins de semana, já que ela raramente vai à cidade.
Apesar de o barco onde mora ter sido consideravelmente mais caro que o primeiro - Pastore disse ter pago por ele 700 mil libras egípcias (R$ 190 mil) seis anos atrás -, a moradia tem seus problemas. "Da primeira vez que choveu, havia água por toda parte", conta. "Percebi que ele precisava de uma reforma geral."
Foram necessários seis meses para "pensar em todas as possibilidades que o barco oferecia", disse ele, e outros seis - além de 100 mil libras egípcias (R$ 26,7 mil) - para concluir o restauro. A primeira coisa que fez foi colocar portas de correr entre os quartos e a sala, para poder instalar ar-condicionado na parte fechada do barco. Planejada com "precisão milimétrica", por causa da falta de espaço, a cozinha ganhou funcionalidade, com uma bancada ao redor da mesa de jantar e novos armários, balcões e eletrodomésticos.
O barco-casa é decorado com objetos que Pastore trouxe de suas andanças pelo mundo - a maioria foi adquirida durante as viagens de negócios para abastecer a loja. Os tecidos coloridos sobre sofás e poltronas e pendurados nas paredes são da China, do Laos, de Bali, da Índia e do Usbequistão. Dois bancos entalhados à mão já fizeram parte de uma ferramenta egípcia, puxada por búfalos, usada para cortar trigo. A cama de teca no quarto principal, montada como um quebra-cabeça que dispensa ferramentas e parafusos, veio da Indonésia.
Nas mesas e nas prateleiras, há pratos e ornamentos de cerâmica vindos da escola de Evelyne. "Morar na água nos lembra que, como o rio, nossas vidas estão sempre em movimento", disse Pastore. Mas "o barco tem agora um certo estilo, e transmite de cada uma de suas partes uma serenidade que se tornou importante para mim".

Fonte: www.estadao.com.br/noticias
Tradução de: Augusto Calil

Greenpeace ataca navio petroleiro

Ambientalistas são presos depois de subir a bordo de navio de exploração de petróleo em protesto contra perfuração de uma empresa escocesa em águas profundas da Groenlândia
Manifestantes do Greenpeace ocuparam um navio de perfuração ao largo da Groenlândia na última segunda-feira (30). Dois integrantes da Ong ambientalista subiram em um barco britânico a cerca de 90 km da costa da Groenlândia. A marinha dinamarquesa interceptou o navio de protesto do Greenpeace, Esperanza, após os manifestantes ocuparem o navio de perfuração Leiv Eiriksson e consideram mover uma ação judicial contra a entidade.
A ação é em protesto contra uma segunda temporada de testes de perfuração pela empresa escocesa, Cairn Energy, na Groenlândia. No verão passado, quatro alpinistas do Greenpeace ocuparam um outro equipamento operado pela mesma empresa em uma plataforma mais frágil e ficaram expostos por cerca de 30 horas antes de serem forçados a desistir pelo mau tempo.
Fonte: 247; Foto: Reuters

Exploradores encontram 3,3ton de moedas em navio japonês afundado!

Um tesouro afundado há mais de 60 anos foi encontrado no fundo do Mar Amarelo, perto da cidade coreana de Gunsan, por uma empresa de exploração submarina. Os mergulhadores descobriram 3,3 toneladas de moedas de diferentes países nos destroços de um navio japonês afundado por aviões americanos durante a Segunda Guerra Mundial, segundo o jornal coreano Korea JoongAng Daily.
Em entrevista ao jornal, Pyun Do-young, dono da empresa Sea Love, disse que sua equipe encontrou as moedas em caixas de madeira apodrecidas no convés do navio afundado. Desde janeiro a empresa procura restos de navios japoneses afundados pelos americanos quando levaram bens da China e da Coreia em direção ao Japão, durante a ocupação japonesa naqueles países.
O navio em questão seria o Mishima Maru, um cargueiro japonês afundado em 2 de julho de 1945. A Sea Love busca agora localizar um suposto carregamento de dez toneladas de ouro em barras que estaria no porão do navio, parcialmente enterrado no lodo - um tesouro avaliado hoje em US$ 500 bilhões (aproximadamente R$ 750 bilhões).

Fonte: O Globo

sábado, 11 de junho de 2011

Scheidt e Prada são campeões da Copa do Mundo!

Robert Scheidt e Bruno Prada confirmaram, neste sábado, o título da Copa do Mundo da classe Star, em Londres. A dupla ficou em terceiro lugar na Medal Race, a regata final da semana de Weymouth, e garantiu a conquista da competição, inédita para os brasileiros.
“Conseguimos executar todos os passos que planejamos para este primeiro semestre. Estamos até um pouco surpresos com os resultados, que chegaram antes do esperado, ainda mais por estarmos velejando com um barco emprestado”, disse Robert Scheidt.
Scheidt e Prada já tinham garantido a taça na última sexta, ao terminarem a fase classificatória de Weymouth com 32 pontos perdidos.
Os brasileiros, então, só precisavam chegar entre os oitos melhores na Medal Race, neste sábado, para conseguirem a Copa do Mundo da Vela. Com o terceiro, portanto, ratificaram a conquista.
A vitória em Weymouth, onde serão disputados os Jogos Olímpicos de Londres em 2012, dá a Scheidt e Prada o Slam da vela. “Ganhamos o Princesa Sofia em 2007, a Semana de Kiel em 2010, Miami, Hyéres, Medemblik e Weymouth este ano e ainda temos o título de Medemblik em 2009”, disse Bruno Prada.
Os dois devem ganhar um curto período de férias a partir de agora. Scheidt e Prada voltam ao trabalho para treinar com o PStar. O barco foi comprado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) com dinheiro da Lei de Incentivo Fiscal ao Esporte e é a grande aposta de ambos para os Jogos de 2012.

Fonte: Site UOL