terça-feira, 23 de novembro de 2010

VOCÊ SABIA?

Há cem anos, marinheiros pediram fim da chibatada na Marinha
Há cem anos, em 22 de novembro de 1910, quatro navios encouraçados apontaram seus canhões para o Rio.
Um deles atirou, acertando um cortiço. Duas crianças morreram no ataque.
Essa descrição não corresponde a uma guerra internacional. Os navios eram, na verdade, da própria Marinha brasileira, e a ameaça fazia parte do protesto pelo fim dos castigos físicos aplicados a seus marujos.
Era a chamada Revolta da Chibata, liderada pelo marinheiro João Cândido, na época com 30 anos de idade, conhecido entre colegas como "Almirante Negro".
A questão da cor era, aliás, um dos ingredientes do motim. Enquanto os oficiais da Marinha eram brancos e vinham da elite, os marujos eram, no geral, negros. A escravidão tinha sido abolida em 1888, no Brasil. As disparidades sociais persistiam.
"Considero ele o primeiro herói brasileiro do século 20", diz Fernando Granato, autor da biografia "João Cândido" (ed. Selo Negro, R$ 21, 128 págs.), lançada neste ano. "Ele dominou o Rio por quatro dias!"
ESTOPIM
A revolta da chibata começou após o marujo Marcelino Rodrigues Menezes, conhecido como "Baiano", receber 250 chibatadas por tentar entrar em um navio com duas garrafas de cachaça.
Entre os quatro navios revoltosos, o líder era o sofisticado e potente encouraçado Minas Gerais, orgulho da Marinha do país, comprado recentemente da Inglaterra.
Após o disparo que atingiu o cortiço, a população do Rio entrou em pânico. "Todos que puderam fugiram", conta Fernando. "Imagine os navios apontando para a cidade, prestes a atirar."
O motim terminou, em 26 de novembro, após o governo negociar com os revoltosos e prometer o fim da chibata.
Foi prometido também o perdão aos rebeldes. Dias depois, porém, diversos deles foram expulsos da Marinha ou presos. O próprio João Cândido passou a vida perseguido. E morreu na miséria, em 1969.
CHEGA DE CHICOTE!
Em 22 de novembro de 1910, 2.379 marujos se rebelaram contra os castigos corporais praticados na Marinha
Os navios Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro, ancorados na baía de Guanabara, ameaçaram disparar os canhões contra a cidade do Rio de Janeiro
A revolta coincidia com a posse do presidente Hermes da Fonseca, ocasião em que diversos representantes estrangeiros estavam no país e poderiam repercutir a revolta internacionalmente
A chibata era uma espécie de chicote. O uso do instrumento para punir falta de disciplina era previsto por lei
A tripulação do Minas Gerais era de 887 marujos e 107 oficiais, além de oito carrascos
Fontes: 'Brasil, 500 anos em documentos' (de Ivan Alves Filho); 'João Cândido' (de Fernando Granato)
Fonte: Folha Online
Vida de "marinheiro"
Funcionários de marinas dificilmente navegam, mas são conhecidos por "marinheiros". São eles que auxiliam os donos a carregarem seus barcos com o que vão consumir a bordo, e fazem a limpeza das embarcações depois dos passeios, dentre outras fainas de manutenção a bordo, nos trapiches e nos hangares.
Dia desses, um marinheiro da marina de Los Cabos, no México, teve uma incumbência extra, tendo que embarcar nos braços a atriz americana Juliette Lewis, 37 anos, com vasta filmografia e indicação para o Oscar.
Fonte: Popa.com.br

Paul McCartney: convites para velejar

Depois de vazar a informação de que Paul McCartney gostaria de fazer um passeio de barco pelas águas de Angra dos Reis, não faltou convite de gente importante disposta a recebê-lo em suas embarcações. Um dos convites teria partido de um especialista: o medalhista olímpico Lars Grael, fã do ex-Beatle e grande nome da vela no país.
Fonte: Veja

Nenhum comentário: